Life Alnus Taejo

Primeira mesa de trabalho do projecto LIFE Alnus Taejo realizada em conjunto com as administrações públicas responsáveis em Espanha e Portugal

Foi dado conhecimento às administrações competentes sobre a tomada de decisões sobre a conservação e restauro dos rios.

Na passada sexta-feira 11 de Novembro, as entidades espanholas e portuguesas do projeto LIFE Alnus Taejo reuniram-se na primeira mesa de trabalho do projeto, que teve lugar na Universidade de Évora, onde os interessados propuseram às administrações públicas um conjunto de ações para alcançar o sucesso na proteção e restauro de rios e margens dominadas por florestas aluviais de amieiros na parte ocidental da bacia internacional do rio Tejo.

A mesa redonda começou com uma breve apresentação do projecto por Federico Julián, da AMBIENTA Ingeniería, que explicou os objetivos e destacou a nova metodologia de trabalho do ponto de vista técnico, social, administrativo e económico, criada no âmbito do projeto. José Carlos Robredo, da Universidade Politécnica de Madrid, mostrou então o inovador planeamento teórico que tem sido seguido, destacando os troços de regeneração e conservação, bem como o número total de parcelas inventariadas nas áreas ripícolas e as destinadas ao estudo genético.

Posteriormente, foi apresentada a caracterização dos troços distribuídos ao longo dos 510 km de rios abrangidos pelo projeto e as ações neles propostas. Sílvia Ribeiro, da Universidade de Évora, apresentou a caracterização ecológica dos rios portugueses e transfronteiriços, as pressões identificadas e a medidas de restauro propostas, bem como os critérios de decisão aplicados. Foi seguida por Federico Julián, que expôs a caracterização e medidas de restauro dos troços do rio no norte da Extremadura e, por fim, Rocío Gallego, do CESEFOR, detalhou os respetivos resultados na província de Salamanca.

Outra questão abordada foi o Documento Técnico do projeto com as ações a desenvolver no âmbito do projeto, apresentado por Ana M. Oliveira, da empresa ECOSALIX, que inclui as acções a desenvolver para a melhoria e conservação do hábitat 91E0, bem como a metodologia de recolha e produção de material reprodutivo florestal autóctone, asegurando a conservação da biodiversidade genética de amieiro (Alnus glutinosa).


Por último, foram apresentadas as ações de conservação e restauro ecológico e hidrológico propostas para os diversos troços de rios e ribeiras contemplados no projeto e clarificadas as prioridades a considerar em coordenação com as entidades gestoras competentes españolas e portuguesas.
 

Administraciones competentes y Consorcio LIFE Alnus Taejo

 

 

Participantes na mesa de trabalho
Consórcio formado pela Universidad Politécnica de Madrid (que coordena o projecto), a Universidade de Évora, a Fundação CESEFOR, o Centro Tecnológico Nacional Agroalimentario CTAEX, e as empresas AMBIENTA Ingeniería y ECOSALIX – Sistemas Ecológicos de Engenharia Natural, participaram também as seguintes entidades públicas de ambos os países:

  • Confederación Hidrográfica del Tajo
  • Servicio de Conservación de la Naturaleza y Espacios Naturales Protegidos de la Junta de Extremadura
  • Servicio de Gestión Forestal de la Junta de Castilla y León
  • Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste de la Agência Portuguesa do Ambiente
  • Direções Regionais do Alentejo e do Centro do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas

Todos os participantes estiveram de acordo com a importância da gestão integral das bacias hidrográficas para a proteção, conservação y restauro dos bosques mediterrânicos de amieiros, habitat prioritário incluído na Directiva Habitats da União Europeia, sendo fundamental a coordenação das partes interessadas em mesas de trabajo como esta já realizada.